Em Será príncipe ou principite? Margarida
Castelão Dias regressa relatando uma história de amor entre mãe e filho, capaz
de apaziguar os medos daquele menino e os seus próprios medos. O orgulho que
tem naquele filho é tão grande, que em vez de sentir a diferença desta criança
como um handicap capaz de paralisar
todo o seu quotidiano, considera-a uma distinção, tratando-o como um príncipe.
Essa capacidade de transformar a realidade cruel da vida, descobrindo em cada
dificuldade aspetos positivos, caracteriza a obra de Margarida Castelão Dias,
perdendo a vida o seu lado de madrasta e mergulhando-nos numa realidade
tranquila, afetuosa, aconchegante e cheia de esperança, fazendo-nos acreditar
que o amor pode tudo.
Se o seu filho vai ser sujeito a
uma cirurgia e tem dificuldade em explicar-lhe o processo, esta história infantil
pode ajudá-lo nessa tarefa. Neste enredo não há picas, hospitais, bloco
operatório, recobro, médicos, enfermeiros ou doentes. Há fatos espaciais,
naves, viagens, galáxias, magos e alquimistas e peripécias hilariantes.
“Óscar sentia-se como
se fosse príncipe e sentia que ela era a rainha de todas as mães. [...]
– Qual escaramuça, qual carapuça! Já lhe disse que não é
amigdalite é principite – disse a mãe
de Óscar.
– Mãe, eu sei que te orgulhas imenso de eu ser diferente e
mudar de cor muitas vezes, mas o meu sonho era ser como os outros meninos e não
mudar nunca de cor. Mesmo que por causa disso não pudesse ser príncipe.
– Olha filhote, o mais importante é SONHARES. Se não
sonhares, os teus desejos nunca se realizarão. Temos de arranjar uma maneira de
não mudares de cor, já que é esse o teu sonho, mas até lá não te esqueças de
que és um PRÍNCIPE. [...]
O AMOR FAZ, DE FACTO,
O IMPOSSÍVEL.”
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